Guerra de guarda-chuva

Poster do italiano Leonetto Cappiello, ilustrador do início século XX, em Paris.

Gente, ontem indo pra aula da pós, estava chovendo bastante e era umas 18hs, horário de saída do trabalho. Perto do metrô tinha uma infinidade de gente...na hora de atravessar a rua, todo mundo de guarda-chuva, uns levantavam preocupados em bater em alguém, outros vinham sem nem olhar, você que tinha que se desviar...fora que sempre tem um que toma uma pontada no olho. Percebi que tinha gente que já tinha a técnica de andar no meio da multidão com o guarda-chuva. Virava a sombrinha de lado, segurando por debaixo da axila, e ia seguindo, enquanto comia um sanduíche ali embaixo, na sua proteção...estava uma situação engraçada. E eu atravessei a rua, levantando o meu guarda-chuva, e rindo...Enquanto esperava o ônibus, fiquei reparando nos estilos de sombrinhas e guarda-chuvas: tinha os gigantes, que mais pareciam guarda-sol de praia, que humilhavam as sombrinhas pequeninas; tinha os quebrados, decadentes coitados, tentando proteger um pouco que seja o seu dono; tinha os fashion, como o da senhorinha de amarelo que estava com um modelo transparente com a bordinha amarela, combinando com sua roupa (eu rio sozinha quando vejo uma cena desse tipo); tinha ainda os de bolinha (vi um vermelho de bolas grandes brancas...retrô...hahaha), os listrados, os floridos - vi um jovem rapaz com uma sombrinha rosa-choque estampada com margaridas brancas (eu ri novamente); e tinha os pretinhos básicos, como o meu.
Se você, assim como eu, gosta de guarda-chuvas, leia "Dançando na chuva", roteiro que fiz para o site Casa da Chris em 2007.
Beijos, Candice